Não sei explicar ao certo, se é
dor, mágoa, ressentimento, ou qualquer outro tipo de sentimento. Mas sei dizer
que dói. É uma ferida aberta, bem no meio de meu peito. Como a dor causada por
uma batida. Um braço quebrado. Dói tanto que a respiração é quase impossível.
Dói porque se foi, dói porque não volta. O silêncio e a ausência se tornam mais
freqüentes do que risadas e abraços. E isso fere, como uma espada sendo cravada
pelas costas. São chamadas de fases da vida, encaradas por muitos como algo
normal, mas sempre deixam cicatrizes horrendas, que não saram, não curam. É
difícil superar, mas talvez não seja impossível. Mascarar a dor atrás de
sorrisos desmedidos, para nos mostrar fortes, inteiros. E tentando provar para
todos, mas principalmente para nós mesmos que a dor pode ser superada, que ela
pode ser ultrapassada e que nós podemos encontrar a felicidade após cada queda.
Mairana M.