E de tudo, só restou o vazio. Ela não sentia nada por ele. Nenhum sentimento bom, como costumava ser, antes daquele dia. Nenhum sentimento ruim. Ela queria sentir raiva, rancor, desprezo. Mas simplesmente só conseguia ignorá-lo. Ele tornou-se o vazio, o nada. A sua presença não seria notada. Ela não sentiria saudades dos velhos tempos. Muito menos, o desejo de saber como tudo seria. Ela perdeu a vontade de vê-lo, abraçá-lo ou qualquer outra vontade relacionada a ele. Ela esqueceu. Assim como sempre fez. Ela sempre esquece os que nada significaram. Ou que até significaram algo, mas que acabaram por matar qualquer laço, qualquer sentimento. Todos os outros tornaram-se o nada absoluto para ela. E ela como sempre faz depois de um tombo, ergueu-se, arrumou novamente a sua roupa, ajeitou seus cabelos, tornou-se apresentável novamente e continuou a sua caminhada, como se nada tivesse acontecido. Ela supera, com a mesma facilidade e rapidez de sempre. E sempre volta mais bela e mais forte que antes.
Texto: Mairana M.
Carambaa, n tinha visto esse antes, supeeer legal. Parabéns querida. :D
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