Mais um dia normal na escola, ou talvez não. Os alunos começavam a chegar e ao verem uma multidão ao redor de algo, ficavam curiosos e iam até lá ver do que se tratava. Ao chegarem o seu choque era evidente, eles não falavam nada. Estavam assustados, atordoados e com o estomago embrulhado com aquela cena. Ninguém sabia o que fazer diante daquilo. Até que eu, enfim, cedi a minha curiosidade e fui ver do que se tratava. Ao chegar ao local, fiquei atordoada como todos que estavam lá. Eu vi o desespero nos olhos daquele menino caído no chão sobre uma garota. Ela estava ensanguentada, ele com a arma do crime em mãos, uma faca. Mas ele não demonstrava sentir ódio daquela menina que havia assassinado, ele chorava arrependido do que tinha feito.
Passado esse momento de choque, todos os alunos começaram a realmente entender o que tinha acontecido ali. E sentiram medo daquele menino, todos recuavam apressadamente, menos eu. Eu sabia o que havia acontecido, aquele menino havia matado uma garota, mas eu não tinha medo dele. Eu sentia compaixão. À medida que os outros alunos se distanciavam do local, eu me sentia mais presa aquele garoto. Então me aproximei dele, sem medo, sem raiva. E ele me abraçou, nenhuma palavra foi dita, ele me apertava junto ao seu corpo. E pela primeira vez aquele menino chorou. Eu sabia que nada mudaria aquela situação, então tentei confortá-lo ao máximo. E no silêncio daquele momento notei olhares curiosos, acusadores e até mesmo assustados com a possibilidade daquele menino tentar algo contra mim.
Algum tempo depois, eu estava de frente à menina morta e seu assassino. A policia chegou e o chamou para que os acompanhasse, eu vi o medo nos olhos daquele menino. Então, resolvi acompanhá-lo.
Ao chegarmos à delegacia, a tensão daquele menino só aumentava. Os policiais o olhavam com desprezo e consequentemente me encaravam por eu estar ali, ao lado de um assassino. Então, pela primeira vez ele falou comigo.
- Por que você veio? Eu matei uma menina e você ainda vem comigo pra delegacia?
- Eu não sei porque vim, simplesmente achei que era o certo a fazer. – respondi da forma mais sincera.
- Não, não era o certo. Você viu, eu sou um assassino. Embora não lembre, eu matei aquela menina. - ele parecia agitado.
- Como assim não se lembra? Você a matou, certo? – eu estava confusa.
- Acho que sim, não sei. Quando eu vi já estava com uma faca ensanguentada nas mãos .
- Eu não consigo entender. Como você não sabe que a matou? – eu o questionei.
- Eu já disse que não sei, tem algo errado comigo. E você não deveria estar aqui. É melhor você ir embora, enquanto é tempo.
- Eu não vou embora. Eu quero te ajudar. Eu senti isso desde que o vi sobre o corpo daquela garota.
- Vocês nunca aprendem não é? Aquela garota também quis me ajudar. E veja o que lhe aconteceu. – ele havia mudado repentinamente, agora estava diabólico.
- O que você disse? Você se lembra do que fez? – eu estava apavorada.
- Como eu iria esquecer? Uma menina tão linda e tão boba. Bem parecida com você.
- Mas... você me disse que não lembrava de nada. Por que agora me diz isso?
- Ora, ora, ora. Você que escolheu por isso. Você não quer me ajudar?
- Não, agora eu quero ir embora. Você está louco.
Eu me levantei para ir embora, mas ele foi mais rápido e segurou-me, tapando a minha boca para que ninguém ouvisse meus gritos. Mas ninguém apareceria, eu sabia disso. Eu estava em pânico. E ele sorria de prazer.
- Você deveria ser mais esperta. Pena que não terá oportunidade para mudar. Você sabe o que farei agora? - ele sentia prazer com o meu sofrimento.
Eu estava assustada. Ele me apertava com mais força. Dizia-me algumas coisas sem sentido. Palavras que eu não entendia, como se fossem outra língua. Ele estava eufórico, louco, diabólico.
- Você irá sentir muita dor no começo. Mas logo passará e depois você não sentirá mais nada. Você irá fazer companhia a todas as outras garotas que assim como você, tentaram me ajudar. Ninguém pode me ajudar, nem me deter. Eu sempre irei vagar pela Terra, derramando o sangue das mais belas criaturas e arrancando seus corações bondosos. E nada me alegra mais do que isso. Dorme bem, bobinha.
Ele apertou a faca contra o meu peito e vagarosamente cravou-a em mim. Eu urrei de dor, mas de alguma forma ninguém me ouviria. Ele me esfaqueou de várias formas, até que não senti mais nada. E tudo se tornou escuridão.
Eu sentia alguém me puxar, mas eu não conseguia ver quem era. Estava com medo que fosse aquele garoto. Mas essa mão me puxava com mais força. Sacudia-me. E quando eu consegui abrir os olhos, percebi que tudo aquilo havia sido um sonho. Minha mãe estava tentando me acordar, eu estava atrasada para a escola. Troquei de roupa e fui direto para o colégio. Ao chegar vi uma aglomeração de alunos ao redor de algo, fiquei curiosa e um pouco receosa. Resolvi ver do que se tratava, e ao chegar ao local. Meu pavor era evidente. No chão, estava um menino com uma faca em mãos e um corpo ensanguentado ao seu lado. O menino me encarava. Eu gritei de pavor e sai imediatamente daquele lugar.
Texto: Mairana M.
OMG ! Perfeito, perfeito, perfeito...
ResponderExcluirAmei Maah, de verdade ! Continue assim \o/
Carambaaa, q punk, a coisa da bizarrice está no aar! shaushua
ResponderExcluirAmei mesmo NANAA! Parabéns querida, continua assim, que você tende a cada dia melhorar.
Bjoos
ushauhsuauhsauhsaua
ResponderExcluirEu só sei ser macabraaa T.T
Num sai nada sobre amor (que era o tema inicial desse coonto, na metade eu mudei tudo)
UHSAUUSAUHUSAHUAS
Mas vlw ae (: