Contaram-me em certo dia nublado, no meado de julho, que havia um ônibus. Um ônibus com paradas, mas sem descanso, sem motoristas, mas com passageiros; passageiros solitários, que estavam à busca de algo, talvez um sentido, talvez um alguém, talvez até riqueza. Ônibus este que rodeava apenas um pequeno estado, de um pequeno país, perdido nas Américas. Logo então o procurei, o busquei; esse modo todo especial de ser, me instigava, delirei imaginando os seus passageiros, quem seriam? O que procuravam?
Lembro-me daquela lua cheia, naquela quinta-feira de outubro. Ouço um barulho. Vejo pela janela um ônibus; amarelado com listras azuis, escrito “Solity” entre o listrado. A curiosidade me move; arrumo-me tão rápido quanto posso; saio depressa, era visível meu afobamento. A porta abriu... Subi.
Tantos anos se passaram; pessoas conheci, cruzei meu destino com várias, algumas não passaram de semanas, outras tive a sorte de passar anos. Muitas das quais, não havia sentido algum estarem ali, justificativas triviais me deram, indaguei se havia verdade nas palavras ditas, mas porque haveriam de mentir?
Agradeço por enfim, ter terminado essa busca, demorei, de fato e como demorei. Digo alegremente, que dentro do Solity, eu chorei, amei, sorri e sofri; para apenas, compreender algo que eu já sabia, há tanto tempo. Infelizmente; à felicidade não pode ser buscada.
Além da imaginação... uauahaha
ResponderExcluirque texto maravilhoso ^^
ResponderExcluirameeeeei!
estou lhe seguindo.
Bjs